quarta-feira, 18 de maio de 2011

Faces de uma mesma Brasília




O memorial JK é um museu que conta um pouco da historia de Brasília e de seu idealizador Juscelino Kubitschek, no local encontramos diversas informações sobre todo o período da construção ate os primeiros anos da nova capital. Um ambiente com profissionais extremamente qualificados que oferecem ao publico visitante detalhes que auxiliam os objetos expostos, no desenvolvimento de uma visita agradável e que acrescenta muito para o conhecimento histórico social da nossa cidade e do nosso país.
Passei por todos os setores do museu onde logo na entrada encontramos as mais variadas fotografias de JK, seu diploma acadêmico e alguns objetos pessoais como: sua aliança, caneta de assinaturas simbólicas, seu estetoscópio dentre outros. Seguindo adiante com a visita já no segundo andar do museu temos fotografias ampliadas com fotos iniciais da construção de Brasília, JK e sua esposa, personalidades da política e um pouco da descrição teórica sobre todo o trabalho durante o processo de transferência e construção da nova capital do Brasil.
Um ambiente riquíssimo em informação histórica possibilita que por meio de imagens, vídeos, escritos e o auxilio explicativo dos monitores, construirmos um conhecimento alem do extra curricular tanto do ensino médio como do acadêmico. Em exemplo podemos citar um pouco da historia do catetinho inaugurado em 10/11/1956 que tornou a casa comum do presidente, engenheiros, arquitetos durante o período da construção. Destacamos também a informação de que a própria constituição federal de 1891 determinava os limites e a localização da nova capital. Posterior a determinação constitucional organizou-se uma comissão de pesquisa com 22 membros para que coletassem dados sobre topografia, clima, hidrografia, geologia, fauna, flora e diversos outros aspectos ambientais sobre o cerrado. Luis Cruls capitão da comissão também foi o responsável por sistematizar as informações coletadas disponibilizando-as em um guia sendo este um dos mais importantes do nosso ecossistema.
Essa foi uma atividade complementar que incentiva os acadêmicos a transferirem-se dos ambientes comuns de ensino percebendo assim novas perspectivas de aprendizagem. O que infelizmente é perceptível é que a própria população não lhe propicia visitas como estas alegando as mais diversas desculpas e perdendo a oportunidade de estar em um ambiente onde se respira historia. Trago a vocês uma analise onde afirmo que Brasília não é só a capital, a população de Brasília não é só a de Brasília (chega a ser paradoxo), mas sim todo o Distrito Federal; tem um preconceito empírico e ate mesmo inconsciente que insiste em restringir a historia de Brasília a capital dos grandes projetos, das grandes personalidades e volto afirmar Brasília não é apenas isso. No museu temos muita informação sobre JK, sua vida pessoal e política, mas são pouquíssimas as referencias aos operários a “rale” da capital. JK foi o fundador, idealizador da nova capital ninguém lhe tira o mérito do feito, mas e o “povão” que cedeu seus braços ao serviço pesado, para por de pé Brasília? E as referencias, homenagens, o museu do povo? Volto a repetir existem sim referencias citações, mas é em numero reduzidíssimo comparado a essencialidade dessas pessoas como parte ativa na construção de Brasília. Por isso titulei meu escrito como “faces de uma mesma Brasília”, mesmo umas mais explicitas que outras; somos um todo variante que unidos fazem parte de um conjunto. Cada um com sua individualização acrescida em um comum de sucesso.
Enfim é uma visita interessantíssima, aconselho a todos mesmo que não sejam turistas a visitarem e propiciarem-se um pouco de cultura sobre a nossa cidade.




Ana Cristina da C. Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário